segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quanto à imaginação,

Era estranho viver numa ilusão,
sentir uma mentira, assistir a um teatro,
Porque para ela não passava disso: uma ironia.
Por entre as linhas tortas da imaginação,
Ela corria perplexa com o que via
E sorrindo singelamente num sussurro ela dizia:

Se meus olhos vissem o que sinto,
Talvez eu pudesse acreditar no que vejo.
Nos meus sonhos imaginei um mundo inteiro de sons
E as cores que eu pintei eram tão reais
quanto as flores que eu plantei.
Deixe-me correr nos campos por entre as melancias.
Se eu cansar, não se incomode,
a pastagem será a minha cama,
a fruta minha companheira
e o céu meu cobertor.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Quanto à vida,

"A vida é uma sombra errante,
Um pobre comediante, que se pavoneia
No breve instante que lhe reserva a cena,
Para depois não ser mais ouvido.
É um conto de fadas, que nada significa,
Narrado por um idiota, cheio de voz e fúria."
(Macbeth)

"Somos feitos da mesma matérias que compõe os sonhos,
e nossa breve vida está envolta de sono.."

(William Shakespeare)

Quanto à liberdade,

Ensaio a partir de Sartre
Dizia Jean-Paul Sartre:

"O homem tem de se inventar todos os dias."
๑ devaneio
Procuro me inventar todos os dias.


"És livre, escolhe, ou seja: inventa."
๑ devaneio
Sou livre para escolher inventar-me ou não cada dia, hora, instante da minha existência.


"O homem não é nada mais do que aquilo que faz a si próprio."
๑ devaneio
O que tenho feito de mim é pouco perto do que sou. Mas se afirmo que sou mais do tenho feito, logo faço de mim muito mais. Sou, portanto, o que faço de mim mesma?